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sábado, 13 de agosto de 2016

epilepsia e exercício físico

A tese de mestrado " epilepsia e exercício" de Ana Luisa Correia Rodrigues da Costa na área de neurologia (Universidade do Porto) faz uma revisão sobre a literatura que trata da relação entre epilepsia e exercício físico e apresenta resultados sobre os benefícios deste como tratamento coadjuvante em doentes com epilepsia.

Estes resultados desafiam-nos, a nós familiares de pessoas com epilepsia, porque nos habituamos a protegê-los (por vezes excessivamente) e a acreditar que o exercício físico e o cansaço dele decorrente estariam na origem do aumento do numero de crises.

Para os nossos filhos com Dravet o cansaço, a exposição a temperaturas extremas, a excitabilidade estão descritos com factores desencadeantes de crises e, em contexto de desporto, todos eles surgem com facilidade.

Curiosamente quanto mais informação consigo integrar mais percebo que exercício físico é importante. É na verdade muito importante.
Primeiro foi o fisioterapeuta que desenhou um plano de intervenção que incluía exercícios de resistência por períodos que foram aumentando progressivamente. Depois foi o trabalho na hipoterapia que foi evoluindo de uma forma incrivelmente exigente. As consultas de desenvolvimento, de fisiatria, etc. a opinião generalizou-se: exercício moderado faz bem e é importante que faça parte das rotinas das crianças com dravet.

Quando comecei a investigar sobre os transtornos comportamentais associados ao dravet  nomeadamente a disfunção de integração sensorial, a hiperactivade com e sem défice de atenção entre outros, encontrei mais um apelo à actividade física como forma de ajudar a criança a acalmar e a organizar-se.

O enormíssimo desafio que se nos coloca é o de encontrar o equilíbrio entre a tão necessária actividade fisica e o sagrado descanso que deve fazer parte das suas rotinas.

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