H. Gardner terá contribuído muito para por em causa a teoria de uma inteligencia unica, segundo a qual o Q.I. de um individuo seria medido pelo seu desempenho em duas áreas fortes: linguística e logico-matemática.
Segundo a teoria das inteligencias múltiplas deste psicologo, proposta em 1985, um individuo pode ser um musico de excepção e uma nulidade a expressar-se e a relacionar-se com os outros, revelando assim ter habilidades num dos 8 tipos de inteligencia. Como se mede este tipo de desempenho?
Esta critica à teoria das inteligencias é importante para nós, pais de crianças com défice cognitivo, que, logo à partida, estão em forte desvantagem nas duas áreas chave, tradicionalmente valorizadas nos processos de aprendizagem formais. Pode dizer-se que Gardner revolucionou a escola mas, na verdade, a matemática e a língua continuam a ser vistas como as áreas chave da aprendizagem. Pode falar-se muito da importância das artes, do desporto, da imaginação, da capacidade de comunicar e se relacionar com os outros, mas nenhuma destas áreas é suficientemente valorizada no processo de aprendizagem para que mereça, por si só, incluir o currículo principal.
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