As borboletas não são todas iguais. Algumas precisam de ajuda extra para voar. Aqui se vislumbram algumas manobras desse voo gracioso.
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domingo, 28 de agosto de 2016
Importance of Sensory Integration
São sete os sentidos que nos permitem receber estímulos e informação, crescer e desenvolver enquanto indivíduos. Importa perceber qual é o papel de cada um.
escrita e propriocepção
Escrever é uma tarefa que exige a mobilização de muitas habilidades e o domínio de pre-requisitos de que nem nos damos conta:
escolher a mão para pegar nos lápis, orientar o papel com a outra mão, sentar direito, desenhar as letras...é toda uma imensa e complexa sucessão de etapas.
Comecemos pela pressão que se exerce sobre o lápis. Algumas das nossas crianças seguram o lápis com tanta força que o bico parte, o traço fica demasiado carregado ou o o papel acaba por rasgar-se e a sensação de tarefa impossível de realizar vai ganhando contornos.
.
A pressão a exercer sobre o lápis é gerida pelo sistema proprioceptivo - aquele que gere a percepção do próprio corpo, e inclui a consciência da postura, do movimento, das partes do corpo e das mudanças no equilíbrio, além de englobar as sensações de movimento e de posição articular.
O cérebro tem uma representação do próprio corpo na qual nem todas as partes têm a mesma "resolução". Curiosamente a face e as mãos ocupam uma área mais vasta no mapa desse corpo. Algo como a imagem que se apresenta ao lado chamada de homúnculo de penfield.
escolher a mão para pegar nos lápis, orientar o papel com a outra mão, sentar direito, desenhar as letras...é toda uma imensa e complexa sucessão de etapas.
Comecemos pela pressão que se exerce sobre o lápis. Algumas das nossas crianças seguram o lápis com tanta força que o bico parte, o traço fica demasiado carregado ou o o papel acaba por rasgar-se e a sensação de tarefa impossível de realizar vai ganhando contornos.
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A pressão a exercer sobre o lápis é gerida pelo sistema proprioceptivo - aquele que gere a percepção do próprio corpo, e inclui a consciência da postura, do movimento, das partes do corpo e das mudanças no equilíbrio, além de englobar as sensações de movimento e de posição articular.
O cérebro tem uma representação do próprio corpo na qual nem todas as partes têm a mesma "resolução". Curiosamente a face e as mãos ocupam uma área mais vasta no mapa desse corpo. Algo como a imagem que se apresenta ao lado chamada de homúnculo de penfield.
Esta informação é interessante porque a imagem mapeada pode ser trabalhada, melhorada em função da utilização que se der às respectivas partes. Por isso um programa adequado de estimulação proprioceptiva conduzido por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais ou psicomotricistas são importantíssimas para as crianças dravet.
Assim, em resumo, o sistema proprioceptivo recebe informação que lhe permite dosear a coordenar a força e a pressão a usar em cada tarefa do quotidiano.
Para escrever seguramos o lápis com os dedos indicador, médio e polegar, apoiados no anelar e no mindinho, mobilizamos todos os pequenos músculos da mão enquanto esta se move no papel num movimento fluido e "apenas" com a pressão necessária para produzir grafismos visíveis.
O que acontece então com as nossas crianças que seguram o lápis com tanta força que escrever torna-se uma tarefa frustrante?
Ausência de força na mão, dificuldades visuais, dificuldades motoras, desiquilíbrios no sistema proprioceptivo?
A estimulação certa deverá permitir "acordar" os músculos necessários à realização da tarefa, diminuir a resistência, gerir a pressão para que o traço possa, finalmente, sair.
Paralelamente podemos introduzir nas brincadeiras quotidianas alguns materiais que reforçarão as estrategias dos técnicos:
- bolas de stress,
- massas de moldar;
- borrachas adaptadas aos lápis e canetas, lápis grossos ou triangulares, ou até com texturas diferentes,
- canetas com vibração
- canetas com peso
- escrever/desenhar na areia
- utilização de quadros (de ardosia, brancos, etc.) para escrever e desenhar
terça-feira, 16 de agosto de 2016
vantagens de trabalhar/brincar em pé num velho quadro de ardósia
Há vantagens em incentivar brincadeira e até trabalho na posição vertical e em grandes superfícies como os velhos quadros de ardosia, os actuais quadros interactivos ou os simples quadros brancos?
Sempre achei que sim e, muito antes de ler este artigo que agora transcrevo, pintei uma parede com tinta de ardósia no quintal para os miúdos brincarem. Depois pintei outra dentro de casa porque o inverno não permite grande utilização do espaço exterior.
do blog http://theinspiredtreehouse.com/ uma explicação simples:
"(...)
1 || Shoulder/Elbow Stability – The use of larger vertical surfaces such as chalkboards, markerboards, and Smart boards allows children to use bigger arm movements that encourage strength and flexibility throughout the joints and muscles of the upper extremities.
2 || Bilateral Coordination – Have you ever tried to use a stencil while working on a vertical surface? I once tried to stencil a pretty fleur de lis pattern on a wall — it was a disaster! This is a tough skill! For kids, tracing an object, using a stencil, or even just stabilizing their paper to write on an upright surface requires the use of both hands (one to trace, one to hold) AND it requires proprioception and strength to hold the object that is being traced!
3 || Midline Crossing – When a child is writing or drawing across a large vertical surface, he has to cross the midline of his body with his dominant hand to reach all of the spaces. This is great practice for children who are struggling with midline crossing and establishing a strong hand dominance.
4 || Wrist Extension/Pencil Grasp – Writing on an upright surface naturally puts the wrist in an extended position which encourages hand stabilization for better control of writing utensils.
5 || Visual Attention and Hand-Eye Coordination – Working on a vertical surface brings the task closer to the child’s eyes. This helps kids who have difficulty maintaining visual attention to activities and can help to encourage hand-eye coordination, as the child has a better view of what they are doing!
6 || Spatial Awareness – When a child works on a large vertical surface, it makes directional terms (up, down, left, right) much easier to understand because the child can relate the words to his very own body!
7 || Sensory – Working at a vertical surface may be beneficial for fidgety kids who work better in a standing position than sitting at a desk. Let’s face it, we all work better if we can change positions!
8 || Core Strength and Posture – Working in a kneeling or standing position at an upright surface kids a good dose of core strengthening. There’s no slumping or leaning on the back of the chair – the only choice is to engage those core and back muscles!
Here are some easy ways to get the benefits of working on the vertical plane:
-Play with stickers! Have the child stick them all over the wall at different levels and then give him directions for which stickers to touch – he may have to jump or bend!
-Make your own DIY Removable Lego Wall! Building with Legos on a vertical surface? Not only super fun, but also great for all of the skills listed above!
-Tape a piece of paper to the wall and trace objects or stencils
-Writing with dry erase markers on a hanging mirror
-Writing/drawing activities on the Smart board
-Prop iPads and other tablets up using a slant board or the prop that comes on the case. Let kids use a stylus to encourage use of an efficient grasp.
-Try any of the above in kneeling, standing, or seated
sábado, 13 de agosto de 2016
epilepsia e exercício físico
A tese de mestrado " epilepsia e exercício" de Ana Luisa Correia Rodrigues da Costa na área de neurologia (Universidade do Porto) faz uma revisão sobre a literatura que trata da relação entre epilepsia e exercício físico e apresenta resultados sobre os benefícios deste como tratamento coadjuvante em doentes com epilepsia.
Estes resultados desafiam-nos, a nós familiares de pessoas com epilepsia, porque nos habituamos a protegê-los (por vezes excessivamente) e a acreditar que o exercício físico e o cansaço dele decorrente estariam na origem do aumento do numero de crises.
Para os nossos filhos com Dravet o cansaço, a exposição a temperaturas extremas, a excitabilidade estão descritos com factores desencadeantes de crises e, em contexto de desporto, todos eles surgem com facilidade.
Curiosamente quanto mais informação consigo integrar mais percebo que exercício físico é importante. É na verdade muito importante.
Primeiro foi o fisioterapeuta que desenhou um plano de intervenção que incluía exercícios de resistência por períodos que foram aumentando progressivamente. Depois foi o trabalho na hipoterapia que foi evoluindo de uma forma incrivelmente exigente. As consultas de desenvolvimento, de fisiatria, etc. a opinião generalizou-se: exercício moderado faz bem e é importante que faça parte das rotinas das crianças com dravet.
Quando comecei a investigar sobre os transtornos comportamentais associados ao dravet nomeadamente a disfunção de integração sensorial, a hiperactivade com e sem défice de atenção entre outros, encontrei mais um apelo à actividade física como forma de ajudar a criança a acalmar e a organizar-se.
O enormíssimo desafio que se nos coloca é o de encontrar o equilíbrio entre a tão necessária actividade fisica e o sagrado descanso que deve fazer parte das suas rotinas.
Estes resultados desafiam-nos, a nós familiares de pessoas com epilepsia, porque nos habituamos a protegê-los (por vezes excessivamente) e a acreditar que o exercício físico e o cansaço dele decorrente estariam na origem do aumento do numero de crises.
Para os nossos filhos com Dravet o cansaço, a exposição a temperaturas extremas, a excitabilidade estão descritos com factores desencadeantes de crises e, em contexto de desporto, todos eles surgem com facilidade.
Curiosamente quanto mais informação consigo integrar mais percebo que exercício físico é importante. É na verdade muito importante.
Primeiro foi o fisioterapeuta que desenhou um plano de intervenção que incluía exercícios de resistência por períodos que foram aumentando progressivamente. Depois foi o trabalho na hipoterapia que foi evoluindo de uma forma incrivelmente exigente. As consultas de desenvolvimento, de fisiatria, etc. a opinião generalizou-se: exercício moderado faz bem e é importante que faça parte das rotinas das crianças com dravet.
Quando comecei a investigar sobre os transtornos comportamentais associados ao dravet nomeadamente a disfunção de integração sensorial, a hiperactivade com e sem défice de atenção entre outros, encontrei mais um apelo à actividade física como forma de ajudar a criança a acalmar e a organizar-se.
O enormíssimo desafio que se nos coloca é o de encontrar o equilíbrio entre a tão necessária actividade fisica e o sagrado descanso que deve fazer parte das suas rotinas.
How Epilepsy Affects Learning
School may be difficult for your child if she has learning problems along with her epilepsy. For example, if learning problems emerge because of seizures or medications, tasks that were previously routine may become more difficult and your child may see her classmates moving ahead at a faster pace, one that she cannot maintain.
Some specific learning problems that children with epilepsy can experience are:
- academic problems: difficulties with reading, writing, and math
- language problems: difficulties with comprehension, speech, and communication
- attention and concentration problems: a child may be inattentive, hyperactive, or both. She may only be able to concentrate for short periods of time
- slowness: it may take a child longer to process new information or to complete tasks compared to other children
- memory: a child may study a topic many times, but not remember it the next day
In addition to ongoing learning disabilities, children with epilepsy may have intermittent disruptions in their learning that specifically relate to their seizures, sleep patterns, and medications. These disruptions in their ability to attend and learn can change from day to day, or even hour to hour.
- Night-time seizures or poor sleep patterns caused by abnormal brain activity can increase fatigue during the school day. As a result the child is less attentive and less available to learn.
- Frequent "invisible" seizure activity in the brain during the school day can result in slower processing, consolidation, and retrieval of information recently learned.
- Children who have seizures, sometimes even a single seizure, during the school day can experience disruptions in their memory that cause them to forget what they have just learned. In some cases they cannot remember much about what happened just before or for some time after the seizure.
- Some anti-epileptic medications (for example, topiramate) can slow down processing of information in some children, while other anti-epileptic medications can induce fatigue that decreases the child’s availability to learn.
What can be done in general terms to help my child learn?
Early intervention is important. In some cases, a psychoeducational assessment (usually completed through your school board) or neuropsychological testing (usually paid for privately) can be helpful in identifying problem areas and areas of strength and provide you with information.
Children who have seizures and learning difficulties often require a highly structured environment. Experience has shown that the best way to teach children with attention or memory difficulties is using direct, one-on-one instruction.
More information about this method of teaching children with epilepsy is available; please see the "Resources and Support" page in this section.
In some instances, special education programs may be required. Older children with significant learning difficulties may do well in a special vocational or life-skills program at the high school level.
Talk to your child about his experiences at school and the difficulties he is having learning. This will help you understand the situation, how he feels, and ultimately how you can help deal with any issues. Solicit support from your epilepsy care team, school staff, epilepsy organizations, and other advocacy groups.
Creating a supportive environment in school with his teacher and classmates will make it easier for your child and enhance his potential to learn.
If your child is not provided with extra resources, find out what he is entitled to and advocate for these additional supports.
It may be appropriate to discuss some or all of the following suggestions with your child’s teachers:
- Set clear rules and expectations in the classroom.
- Seat your child near the front of the classroom to help
focus
and avoid distraction. - Provide less written work.
- Post a schedule for the day that your child can follow visually.
- Use visual tools, such as charts and illustrations, if your child has visual memory or visual-spatial problems.
- Use physical prompts such as pointing to the appropriate part of the page or covering up sections of a page.
- Use "stop and think" techniques, which help teach children to
monitor
their behaviour and think before they act. - Use a consistent format to deliver instruction.
- Use tape-recorded textbooks.
- Allow extra time for tests and assignments and give the child extra time to respond in class.
- Provide extra help with problem areas.
- Ask the child to repeat back instructions to be sure that she understands them.
- Develop a modified learning regimen.
- Develop a system in which other students in the class can act as peer tutors.
- Provide special education.
- "Check in" with your child each day to see how she is doing and feeling.
- Use key words or phrases to help shift your child’s attention.
At home, children may benefit from an environment rich in language and numbers. Reading stories, doing number rhymes and counting together, and working on math and reading exercise books may support learning. School-aged siblings may be able to help as well. Teachers or a school liaison person may be able to recommend resources to use at home.
Finally, you can help your child by finding a skill or area of interest that he is good at.
Focuson your child’s successes. Consider providing opportunities for him to demonstrate his skills.
Irene Elliott, RN, MHSc, ACNP
Janice Mulligan, MSW, RSW
publicado em: http://www.aboutkidshealth.ca/
quinta-feira, 11 de agosto de 2016
colorir
Uma possibilidade: colar papel de cenário, cartão ou qualquer outro suporte na parede, de preferencia no espaço exterior e deixa-los à vontade.
no fim do verão temos uma grande exposição de trabalhos e "obras" dos nossos pequenos por todo o lado. e eles gostam de as mostrar e explicar a quem nos visita.
natural learning
Sou inspirada pelas abordagens pedagógicas que preconizam uma ligação estreita com a natureza. É o caso do método montessori (iniciado pela medica e educadora Maria Montessori - uma mulher cujo percurso de vida e de trabalho me inspira).
O seu método foi um dos primeiros a usar as atividades motoras e sensoriais na aprendizagem e descoberta, primeiro em crianças com deficiencia e depois rapidamente globalizado a todas.
O principio de que é pelas mãos que a criança vai construir o significado de cada elo na teia do conhecimento científico é poderoso: porque ela toca, experimenta, sente e na fase posterior cria as relações. Esta sequencia acontece sempre, independentemente da capacidade cognitiva assim seja proporcionada a oportunidade.
A observação ativa o sistema sensório motor ; as mãos exploram , descobrem , reconhecem. O tacto ajuda a registar as impressões, às quais imprime significado .
Assim, a natureza é a primeira “fonte de estudo” que nutre a curiosidade natural da criança: os animais, as plantas, as pedras, a energia que flui (o vento por ex.).
Os passeios ao jardim/campo servem para proporcionar alguma actividade física (moderada ou mais exigente conforme o estado da criança); recolher materiais para actividades, experiencias e proporcionar brincadeira livre. Ou podem servir apenas para relaxar. É importante ensinar uma criança a relaxar. Em especial uma que é afectada por transtornos comportamentais como são as nossas crianças Dravet.
Os passeios ao jardim/campo servem para proporcionar alguma actividade física (moderada ou mais exigente conforme o estado da criança); recolher materiais para actividades, experiencias e proporcionar brincadeira livre. Ou podem servir apenas para relaxar. É importante ensinar uma criança a relaxar. Em especial uma que é afectada por transtornos comportamentais como são as nossas crianças Dravet.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
epilepsia e aprendizagem
Se é verdade que uma parte significativa das pessoas que têm epilepsia consegue fazer uma vida normal não se pode ignorar que uma parte igualmente significativa lida com prejuízos na aprendizagem que decorrem de vários factores associados à sua doença.
No caso das epilepsias de difícil controle, como é o caso do Síndrome de Dravet os prejuízos para a aprendizagem são significativos e o primeiro passo é identifica-los.
- Alterações no córtex cerebral decorrentes do tipo e da duração das convulsões. Se os neuronios responsáveis pela aprendizagem sofrem alterações/degradação o processo de aprendizagem será irremediavelmente afectado;
- Efeitos dos medicamentos - os anti epilépticos e toda a medicação coadjuvante ajuda a controlar a parte clinica da doença mas os efeitos são significativos: lentidão, sonolência, problemas de concentração, tonturas, alterações no metabolismo, etc.
- Associação com transtornos do desenvolvimento/comportamento - o síndrome de Dravet é uma das doenças que integra o espectro do autismo pelo que uma parte das crianças apresenta, em alguma fase da vida (em geral nos primeiros anos) características do espectro. Hiperactividade, défice de atenção, desintegração sensorial são o tipo de transtornono já diagnosticado e descrito nas pessoas com Dravet.
É fundamental identificar e perceber as razões dos comportamentos inadequados quando surgem e lidar com eles tendo em conta todas as condicionantes identificadas. Esta informação deve ser do conhecimento das famílias, dos técnicos especializados que intervêm e das escolas/instituições frequentadas por pessoas com Dravet.
No caso das epilepsias de difícil controle, como é o caso do Síndrome de Dravet os prejuízos para a aprendizagem são significativos e o primeiro passo é identifica-los.
- Alterações no córtex cerebral decorrentes do tipo e da duração das convulsões. Se os neuronios responsáveis pela aprendizagem sofrem alterações/degradação o processo de aprendizagem será irremediavelmente afectado;
- Efeitos dos medicamentos - os anti epilépticos e toda a medicação coadjuvante ajuda a controlar a parte clinica da doença mas os efeitos são significativos: lentidão, sonolência, problemas de concentração, tonturas, alterações no metabolismo, etc.
- Associação com transtornos do desenvolvimento/comportamento - o síndrome de Dravet é uma das doenças que integra o espectro do autismo pelo que uma parte das crianças apresenta, em alguma fase da vida (em geral nos primeiros anos) características do espectro. Hiperactividade, défice de atenção, desintegração sensorial são o tipo de transtornono já diagnosticado e descrito nas pessoas com Dravet.
É fundamental identificar e perceber as razões dos comportamentos inadequados quando surgem e lidar com eles tendo em conta todas as condicionantes identificadas. Esta informação deve ser do conhecimento das famílias, dos técnicos especializados que intervêm e das escolas/instituições frequentadas por pessoas com Dravet.
domingo, 7 de agosto de 2016
criatividade, planificação e espera
Aprendi a preferir as brincadeiras e actividades criativas aos brinquedos na exacta medida em que fui observando o desinteresse dos meus filhos pelos plásticos, brilhantes, barulhentos e repetitivos brinquedos que encontramos no mercado. Há excepções claro mas a maioria deles são feitas para os pais. Creio que a brincadeira é uma das ocupações mais "serias" das crianças e devemos respeita-la e proporcionar-lha. A brincadeira livre é, de facto, a grande oportunidade para o crescimento saudável, para a aprendizagem e modelação de comportamentos face aos pares. Lamentavelmente vamos suprimindo essa parte do dia deles invocando as piores razões: demasiado tempo no trabalho, demasiados compromissos, demasiadas ocupações sociais.
Gosto cada vez mais de os levar comigo à papelaria, de escolher com eles os materiais que vamos usar nos nossos projectos. Gosto de planear com eles e de especificar as tarefas em cada fase.
Para estas casinhas precisamos de:
- fazer um pequeno passeio ao campo ou ao jardim, desfrutar e recolher paus, pedrinhas, flores ou folhas.
- num período de repouso, numa tarde de chuva ou de calor excessivo, enquanto esperamos pela hora certa para ir para a praia ou quando apetecer podemos aproveitar os rolos de papel higiénico e revesti-los com pasta de papel, colando em cima os elementos recolhidos anteriormente.
- é preciso esperar que seque
- e por fim podem pinta-las e expô-las como entenderem.
Que tipo de competências podemos trabalhar com este tipo de brincadeiras?
planificação,
criatividade e imaginação,
autonomia (as crianças escolhem)
motricidade fina,
imputs sensoriais,
auto-estima (toda a gente gosta de ver o resultado final do seu trabalho, e de ouvir elogios)
na nossa casa temos os trabalhos dos pequenos fazem parte da decoração!
sábado, 6 de agosto de 2016
Como aprendemos? Descubra com essa pequena animação
Compreender o funcionamento do nosso cérebro e a maneira como aprendemos é o primeiro passo para podermos guiar as nossas crianças, com ou sem défice, no seu caminho da aprendizagem e do desenvolvimento.
Como aprendes tu?
H. Gardner terá contribuído muito para por em causa a teoria de uma inteligencia unica, segundo a qual o Q.I. de um individuo seria medido pelo seu desempenho em duas áreas fortes: linguística e logico-matemática.
Segundo a teoria das inteligencias múltiplas deste psicologo, proposta em 1985, um individuo pode ser um musico de excepção e uma nulidade a expressar-se e a relacionar-se com os outros, revelando assim ter habilidades num dos 8 tipos de inteligencia. Como se mede este tipo de desempenho?
Esta critica à teoria das inteligencias é importante para nós, pais de crianças com défice cognitivo, que, logo à partida, estão em forte desvantagem nas duas áreas chave, tradicionalmente valorizadas nos processos de aprendizagem formais. Pode dizer-se que Gardner revolucionou a escola mas, na verdade, a matemática e a língua continuam a ser vistas como as áreas chave da aprendizagem. Pode falar-se muito da importância das artes, do desporto, da imaginação, da capacidade de comunicar e se relacionar com os outros, mas nenhuma destas áreas é suficientemente valorizada no processo de aprendizagem para que mereça, por si só, incluir o currículo principal.
.
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
uma explicação simples
Falar de Dravet (síndrome de) é entrar no mundo das epilepsias graves e resistentes ao tratamento. É uma condição de partida das nossas borboletas, que não as define mas faz parte da sua identidade.
"É uma doença de origem genética e enquadra-se dentro da família patológica das canalopatias, uma vez que aproximadamente 80% dos pacientes afetados apresenta uma mutação no gene SCN1A, o qual tem como função codificar uma proteína constituinte de um canal responsável pelo transporte de sódio através das membranas celulares." lê-se no site http://dravet.pt
No dia a dia significa contingencias severas, vigilância apertada, qualidade de vida comprometida para os que vivem com a doença.
Porém, não nos focaremos nas convulsões, nos efeitos catastróficos da doença mas no imenso potencial de vida e crescimento que todos trazem consigo: os que nascem com a mutação no gene, os que vivem com eles e os que se cruzam no seu caminho. É isto que queremos celebrar. É disto que falaremos neste sitio! Sejam muito bem vindos!
segunda-feira, 1 de agosto de 2016
arte e brincadeira
As massas de moldar (plasticinas, argilas, gesso, pasta de papel, etc), são uma optima oportunidade para alimentar a imaginação dos mais pequenos e deixa-los expressar livremente a sua criatividade. Estimulação sensorial, motricidade fina, concentração, partilha e auto-estima.
Como?
Amassar, estender (com rolo), cortar (cortadores de bolachas, ferramentas para cortar e moldar plasticina), escolher um objecto final, pensar na sua apresentação, esperar que seque, pintar e expor.
Etapas que se aprende a seguir e a organizar.
manifesto
Neste espaço, que é de todos;
- Informamos sobre a vida com síndrome de Dravet,
- Evitamos a critica gratuita,
- Escolhemos abraçar os princípios da pedagogia positiva,
- Entendemos que cada criança e jovem é unic@ e merecedor@ de todo o amor e dedicação que pudermos proporcionar-lhe,
- Concordamos com a premissa de que tudo isto só é possível se os pais também estiverem bem,
- Defendemos assertivamente uma sociedade mais justa e mais inclusiva,
- Acreditamos que todos podem crescer e fazer o seu caminho livremente.
- Informamos sobre a vida com síndrome de Dravet,
- Evitamos a critica gratuita,
- Escolhemos abraçar os princípios da pedagogia positiva,
- Entendemos que cada criança e jovem é unic@ e merecedor@ de todo o amor e dedicação que pudermos proporcionar-lhe,
- Concordamos com a premissa de que tudo isto só é possível se os pais também estiverem bem,
- Defendemos assertivamente uma sociedade mais justa e mais inclusiva,
- Acreditamos que todos podem crescer e fazer o seu caminho livremente.
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