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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A Psicomotricidade e o Sindrome de Dravet

A Psicomotricidade como terapia tem sido uma mais valia na vida de muitas crianças com perturbações do Desenvolvimento e outros síndromes e o Síndrome de Dravet não é excepção.  Iniciei o acompanhamento da primeira criança com este síndrome à cerca de cinco anos. Na altura conhecia pouco sobre esta problemática e as suas características. Aos poucos fui percebendo as áreas fracas, fortes e o tipo de trabalho a realizar com estas crianças e neste momento acompanho mais três de diferentes idades com o mesmo síndrome – Dravet.

Iniciar precocemente a Psicomotricidade é uma questão comum entre os pais… “será que ele/ela não é novo/a de mais para iniciar esta terapia?” A minha opinião e resposta é sempre a mesma: Não, não é cedo para iniciar a terapia, aliás quanto mais cedo melhor, é claro dependendo da situação clinica  e do estadio de desenvolvimento em que se encontra a criança, a estimulação precoce é muito importante para um desenvolvimento o mais adequado possível. Os sete factores psicomotores, como: a tonicidade, equilíbrio, lateralidade, noção corporal, estruturação espácio-temporal, motricidade fina e grosseira podem ser trabalhados desde muito cedo, é importante realizar uma avaliação psicomotora e de seguida centrar a intervenção nas áreas com mais dificuldades, sempre de acordo com o nível de desenvolvimento em que cada criança se encontra. O primeiro passo é criar empatia e uma relação de confiança com a criança e depois de esta estar estabelecida, criar rotinas e hábitos de trabalho e aí sim realizar uma intervenção centrada na própria criança, sem claro descurar a interacção com a família e se possível com toda a equipa multidisciplinar.

Assim sendo, a idade em que chegam e a fase do desenvolvimento psicomotor em que estão é um ponto de partida para iniciar um trabalho especifico com cada criança, pois o síndrome é comum a todas, mas a personalidade, as capacidades e as áreas a desenvolver são diferentes…no fundo “são todos iguais, mas todos tão diferentes”.

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