Define-se
integração sensorial como a organização da informação sensorial de acordo com a sua
utilização. Os sentidos transmitem ao cérebro informações sobre as condições
físicas do próprio corpo e do ambiente em redor. As alterações de integração
sensorial influenciam o desenvolvimento normal da criança e podem causar
alterações tanto a nível da modulação da atividade vestibular como, também,
influenciar o aparelho digestivo.
Algumas
doenças neurológicas apresentam uma hipersensibilidade aos
estímulos sensoriais, tais como estimulação visual, assim como a cheiros
particulares e texturas. Estes
comportamentos incomuns podem ser persistentes e afetar as interações sociais,
nomeadamente, causar uma alimentação restrita e ritualizada. A alimentação torna-se uma das áreas de atividade
da vida diária que pode ser afetada negativamente devido a défices sensoriais.
O
sistema sensorial táctil da cabeça e da face é anatomicamente diferente do
sistema do resto do corpo, e assim as reações defensivas correlacionadas com a
cabeça podem ser mais graves do que as do restante corpo
Como
tal, a boca é uma das estruturas que contém mais recetores sensoriais que
ajudam a identificar as texturas, as formas, a temperatura e sabor dos
alimentos de forma a orientar o processo de alimentação.
As
crianças com alterações de integração sensorial apresentam reações negativas ao
toque ou a estímulos tácteis, odores, sons ou luzes e o mesmo pode ocorrer ao
nível da cavidade oral, aumentando a defesa sensorial táctil oral em relação
aos alimentos.
Destas
alterações verifica-se o desenvolvimento de uma defesa oral que é definida como
uma forma de evitar determinadas texturas alimentares, e evitar atividades que envolvem
a cavidade oral, como por exemplo, lavar os dentes. A defesa oral pode fazer
parte de um grande problema no input sensorial, o qual pode assumir diferentes formas e
acarretar enumeras consequências, levando a uma insuficiência nutricional, mais preocupante
será, ainda, se os tipos e variedades de alimentos forem, também, restritos.
Isso faz da seletividade alimentar um risco potencial para a saúde.
Quando
as crianças evitam comer uma determinada variedade de alimentos pode significar
uma reação sensorial negativa às diferentes texturas dentro ou em torno da boca.
Os pais de crianças com estas alterações
frequentemente referem que seus os filhos são altamente seletivos, com um repertório muito restritos na aceitação de alimentos. “Exigentes com a
comida”, também referidos como seletivos
nos alimentos, é um problema
considerável uma vez que pode ser
associado a uma nutrição inadequada, como
resultado desta restrição alimentar.
O que fazer para melhorar?
Cada caso é um caso e nada melhor do
que consultar o Terapeuta da Fala.
Inês Gois
Terapeuta da Fala
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